“Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia”.
Johann Goethe
A primeira vez que encontrei alguém com medo de sonhar, eu me assustei. E tive compaixão. Entendi que a vida, nem sempre fácil para todos nós, para algumas pessoas é tão pesada que os sonhos simplesmente somem. Aqui, nem estou falando de pessoas que vivem no limite, como aquelas que passam por grandes privações e perdas, sejam emocionais, pessoais ou materiais. Aqui, refiro-me a uma boa parte de nós, que, sim, teve e tem, como todo mundo, sua cota de dissabores, mas também há muito a agradecer. Só que, por algum motivo, alguns de nós têm medo ou desistem de sonhar.
E quando falo sonhar, penso em coisas simples, como melhorar como pessoa, crescer profissionalmente, realizar um desejo, ser feliz… Essas pessoas que desistiram de sonhar deixam transparecer que, em algum momento, perderam-se em si mesmas ou, ainda, que alguma coisa se perdeu dentro dela. Sabe aquela “mola propulsora” que faz alguns tentarem sempre outra vez? Essas pessoas parecem desprovidas dessa “ferramenta”. Acreditam que sonhos, desejos, não são para elas. E mesmo que outros lhes ajudem e lhes estendam a mão, já “têm certeza” de que não será possível, no caso delas, traçar uma nova trajetória. Elas têm argumentos contra todas as tentativas que alguém possa sugerir como caminho ou ajuda. Simplesmente, parecem ter desistido de viver. Vão levando, apenas levando.
Essas pessoas parecem estar de costas para a vida. Desistiram de investir em suas paixões, em seus objetivos e em seus talentos. Trabalham para sobreviver, acordam como autômatos e vão dormir como autômatos. Algumas vezes, até acham que têm habilidades e competências interessantes, mas acreditam que o mundo nega-lhes oportunidades.
Não conseguem perceber que foram elas que desistiram. Esconderam suas paixões, passaram a desacreditar do encantamento. Armaram-se contra a vida. Esqueceram-se que a ponte entre o sonho e a realização está, sobretudo, no planejamento. Foco e meta são transformadores para aquisição daquilo que almejamos.
Não percebem que, sim, boa cota do que queremos ser, depende de nós. Somos 100%responsáveis por nossa felicidade. Quando estamos desanimados, perdidos, é difícil acreditar nisso. Mas é fato. Muitas biografias de gente com sucesso (e não digo “notoriedade”, que é o que muita gente acredita ser sucesso, e sim realização, resultado, sentir-se bem consigo mesmo), mostram o aprendizado, a tentativa, o fracasso, a tentativa e os acertos.
O erro, definitivamente, faz parte do aprendizado. É a persistência, o querer melhorar, que faz com que as coisas aconteçam. Não esqueçamos que foram os sonhos, a inquietação, a busca incessante por melhorias internas e externas que fizeram com que nossos antepassados saíssem da caverna e não parassem mais.
Se você, de alguma maneira, viu-se refletido aqui, talvez seja o momento de perguntar-se: tenho medo de sonhar? acredito que posso ou não posso? o que me impede?
Bora, ser feliz! Planeje, execute e, principalmente, não desista.